sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Bela Dama da Poesia



E quando o astro sol na sua plenitude se despediu,
no cair da noite eis que vi bela dama surgindo,
o seu esplendor competia com o das estrelas,
com vestido de cetim negro como a noite;
trazia com ela sementes e um turbilhão de alegria,
ao balançar os cabelos exalava perfume e seu corpo tinha um gracejo de
mulher que deixava no ar enigma, elegância, aparência de anciã
mas, quando a olhei nos olhos parecia tão jovem;
Seu coração às vezes melancólico, seus pensamentos difíceis decifrar,
andando pela noite dama poesia, passos em rimas eu a vi dançar uma mistura de ballet com rock clássico,
para explicar me embaraço a vi dançar samba,  ficar bamba
com um cálice brindou a vida e a morte
falou do presente passado, recitou desejos futuros,
eu juro que a vi sentada em um banco e da bolsa de grife
tirou pergaminho com letras douradas, achei um encanto e depois estendeu da bolsa um leque enquanto num charme sem igual desfrutava do abanar, a dama desenrolou o pergaminho num  gesto
frenético e eu não resisti ao gesto, corri para ver o que escrito estava no pergaminho que brilhava,
uma mistura de amor e fantasia, textos no pergaminho preenchiam mistérios e segredos, amor e paixão, coisas reais e do submundo e a dama em suspiros profundos
disse-me: - nessa noite de lua entre estrelas e cometas, bailando nas ruas estou a procura das mãos que no pergaminho  escreva,
ouça-me, sinta-me, inale o perfume,  deixe-me te guiar e te abrirei um novo rumo;
sobre o pergaminho debruce por favor, escreva-me depressa, pois poesia eu sou!


Ely Monteiro
Imagem: Google

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