segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pássaros Escritores e Poetas



Escritores são livres pensantes, sensatos falantes,
escritores são como diamantes, tem almas gigantes
e voam além do horizonte.
Pássaros livres
seguem em revoada.
Poetas são loucos lúcidos em turbilhões,
poetas se entregam as alucinações,
românticos que criam seus próprios universos constantes,
construtores, pintores e astronautas
que vivem em galáxias distantes...
Poetas, loucuras, luxúrias, amor e ilusão;
constroem seus próprios jardins e mansões.
Pássaros, escritores e poetas voando em revoada,
escrevendo aqui e ali suas melodias, seus cantos, loucuras na madrugada;
misturam-se e aventuram-se na imaginação
voando nós céus de alguma emoção.
Pássaros, escritores e poetas que voam além do além,
pousam nas linhas e se fazem refém
dos olhos alheios que os queiram bem.

Ely Monteiro

Imagem Google

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Alquimia Lilás



Misturo-me ao lilás,
a alquimia que me trás
aos campos do meu eu.
Às perturbações digo adeus.
De todos os caminhos e cantos,
lilás melodia que canto
e, toda semente enterrada
agora é lilás e mais nada.
Depois das batalhas travadas
eu venço as  guerras enfrentadas...
Minha áurea segue...
Iluminada... 
Lilás é essa minha alquimia,
veredas de amor e alegria.


Ely Monteiro
Imagem: Google

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Caio e o Violino



Corre entre as colinas,
banha-se das águas,
menino inocente,
família carente...
De repente, por força
do divino...
Caio conhece um homem
que lhe apresenta um violino;
amor a primeira vista
começa  ali seu destino...
Menino e violino.
Melodia, inefáveis sons
de calmaria...
Caio e o violino, levavam a todos alegria.
Foi professor ainda adolescente,
a muitos ele ensinou
mas, foi depois do colégio
que seu futuro andou...
Partiu o Caio, feliz lá
p’ras bandas da capital
para realizar o seus sonhos...
Eis que os tempos passaram
mas, o rio corre no mesmo lugar
e as colinas hoje choram
de saudade do menino e o violino
que viviam ali a tocar.


Ely Monteiro
Imagem: Google

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Análise



E eu vou me dando conta
Que tem dias que faço...
Prece,
Com pressa.
Mas, por divina promessa
O anjo vem e limpa o caminho ...
Tira os espinhos e livra-me,
Semeando flores, entregando
As vitórias a esse ser cheio de defeitos,
Imperfeito,
Teimoso, chamado eu...
Então tenho consciência,
Faço uma suplica de agradecimento
E, peço clemência
Agradecendo a ele pela paciência.

Ely Monteiro
Imagem: Google

Meu Amor Desmedido


Esse amor desmedido
Faz-me sentir ...
Menina.
Manhosa.
Vaidosa.
E quando estou contigo...
Chego.
Charmosa.
Cheirosa.
E seus olhos vão
Seguindo
Sublimes
Sorrindo
E eu assim
Dedico
Doçuras
Delicias
Desse doce
Carinho,
Caminho
Onde o amor é continuo.

Ely Monteiro
Imagem Google

Poema de Casamento


O destino uniu dois anjos no caminho,
trilharam tempestades com solidez,
veredas se uniram sem descaminho
em busca de uma conquista com lucidez.

Cerziu a história de Rodolfo e Helen,
foi como um conto escrito à poesia,
foi união de almas além do Éden
compondo o matrimônio em melodia.

Caminhos se encontram, se entrecruzam,
e a palidez no olhar é prenúncio de paixão
que transmuta-se em amor no coração
e enleva em alegria e rejúbilo a união.

O destino uniu dois seres para sempre,
suas sendas transformaram-se em uma só,
então o que estava escrito agora se cumpre
unindo duas linhas em um só nó.

Floriram jardins, flores de casamento,
pétalas de amor espalharam-se ao vento,
fundiram-se num sonho estrelado
que é narrado com meu contentamento.


Ely Monteiro

Transubstanciação das Estações



Saúdo o outono,
pés descalços,
fé e ferramentas,
orações crenças,
roupa leve ...
Folhas caindo lá fora,
das árvores,
no quintal, um cheiro do frescor da
estação que anuncia transmutação
e, dentro da minha morada interior
eis que vejo folhas de ignorâncias
e das minhas imperfeições caindo
e, delas vou me despedindo
e dentro de mim inverno que quis
chegar, deu lugar a primavera.
Rebento, raiz e flores,
que logo anuncia raios de luz
que emanam e aquecem a alma.

Ely Monteiro
Imagem: Google

Jardineiro Imortal


E todas as outras coisas perdem o valor.
Perante a obra que só o Jardineiro
Imortal e indescritível é capaz de criar.
Desapego-me a cada dia das ignorâncias
E vou me dando conta que evolui
Interiormente, pois calo-me perante
As adversidades...
Quero apenas dizer palavras
que edifiquem, assim estarei
Me esforçando para retribuir
Todo bem vindo dos céus,
Mesmo sendo imperfeita
A cada dia abro a janela
E me encho de todo o
Bem que me é enviado
De quem gerou a mim,
E todo o universo!

Ely Monteiro

Pulso



Faço silêncio
No pulso
Pulsa a veia
Que às vezes
O sangue esquenta
Mas resisto a tormenta
E se o corpo não
Resiste a pressão
Explodo, quebro-me,
Junto os cacos no chão
Não me entrego a maldade
Nem a vingança.

Prendo no pulso
Que pulsa
A flor da humildade
Silenciosamente vou
Virando felicidade
No silêncio da noite
Bendigo e celebro
A evolução do ser
Que no silêncio
Conseguiu vencer.

Ely Monteiro

Imagem: Google

Amor Desmedido


Amo-te e cada dia.
E quando procuro
descrever esse amor.
Torna-se indescritível.
Pois o que eu sinto é...
Amor desmedido!

Ely Monteiro
Imagem Google

Cabeça em Versos


Minha cabeça está em versos,
confesso...
E se não me conter
entrego-me então...
Misturo-me a inspiração
faço de mim poesia.

Ely Monteiro

A cada amanhecer.



Faço uma oração
Entoando uma canção 
A cada amanhecer
Tenho a coragem de sonhar.

Pois sou como passáro
Me aproximo dos céus
Ultrapassando o véu
Toco os umbrais das portas
E de lá recebo a resposta
Fortaleço-me e encho-me
De fé no amanhecer desse dia


Ely Monteiro

Imagem: Google

Renovando Outono


Amanheceu, é mais um daqueles dias.
Outonais...
Que as folhas caem...
Folhas...
as roupas antigas.
Caindo das árvores.
E nesse amanhecer orvalhado...
Vem surgindo o novo dia
Observo da janela,
e vou me despindo.
Tirando a roupa velha
que vestia a alma.
E o orvalho que em
mim cai, me traz...
Tranquilidade e calma.
Renovando a mim
Que imperfeita sou
Mas não desisto,
Luto e insisto.
Quero somente vestir-me
Com roupas de bondade.
Eu não pertenço a maldade.
Por isso renovo-me
E me encho do bem.


Ely Monteiro
Imagem: Google

Do Ser Que Sou



Sou
Ser
Semelhante
Aquela faísca
Que de longe pisca
Sou
Coração
Coragem
Capaz
De brilhar um pouco mais
Quando emana de mim fé
Sou
Fagulha
Fulgaz
Flamejante
Que junto aos astros me torno gigante
Poeira cinza e pó dou a incredulidade nó
Sou
Mulher

Liberdade
Pela força divina sou coragem
E vejo o meu ser em transmutação
Meu corpo vira constelação
E a luz do divino...
Neste ser frágil...
É proteção.

Ely Monteiro

Gaveta de Palavras


Fecho os olhos...
Mentalmente vou abrindo 
as gavetas onde guardo palavras,
versos e letras.
Visto-me com essas folhas escritas,
confeccionadas pelas minhas mãos...
E encho-me da mesma emoção
dos dias em que foram costuradas
com os artigos da alma.

Ely Monteiro

Corpo Nu



Eu vi em um canto obscuro
um corpo estranho,
agachando-se ao chão...
Pavor, medo, fraqueza,
murmúrios e lamentações ...
De quem será este corpo?
Porque não levanta do chão?

Espantada perguntei
De onde vens e o que és?
Sou milhares de homens
e mulheres que por fraqueza
perdem a fé.

Cicatrizes e feridas
no labor de muitas
almas vão a tristeza...
Se entregando,
perdendo o amor,
esperança e calma.

E eu pedi ao corpo ...
Que ele me desse a mão
E por força divina...
Elevei aos céu oração.

Pedindo ao divino
mestre que o libertasse
das dores e escuridão...

Eu vi o corpo nu
vestindo roupas de fé.

O corpo que antes era frágil
ficou de pé.
Esboçando um sorriso
saiu da escuridão.
Cheio de força e ânimo
o corpo ergueu-se
do chão.

Ely Monteiro
Imagem Google