O vento que sopra suavemente e a chuva que cai sobre terra
compõe uma melodia celeste, feito um coral que canta
uma música, cuja letra é desconhecida e, junto a tudo e a
todos que se permitiam envolver com a nobreza e encanto da melodia, foram
tocados
como casulo que se encontrava fechado em algum canto.
E sem que alguém o percebesse na sua existência obscura
e fria do isolamento selado com várias capas
lá num canto sem graça.
Desprendeu-se e então ali caído, foi regado com os pingos de
chuva,
foi sendo levado pelo sopro suave do vento, envolvido com o cântico,
despiu-se do casulo,
ganhou asas, mulher borboleta, virou fada.
Ely Monteiro
Imagem: Google
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