E quando menina ela andava pelas
ruas de paralelepípedos pulando, imaginando ser uma amarelinha de casas e
números infinitos.
Vestia roupas coloridas, amava as
de listras. Menina serelepe vivia a viajar, andava olhando para o céu, dizia
que as nuvens eram de algodão doce.
E ao passar pela igrejinha ela
logo fazia um gesto bonito, Leleu Serelepe enchia seu coraçãozinho de fé e
acreditava que tinha uma escada que levava da terra ao céu por onde subia para
conversar com os anjos.
Gostava de jogar futebol e das
embalagens jogadas no lixo fazia panelinhas, pois amava brincar de casinha,
brincava de batizado de bonecas e com suspiros doces fazia sua festa.
Corria no fundo do quintal
brincando com as amigas, juntas faziam e empinavam pipas, pipas feitas de papel
de pão com rabiolas feitas com sacolas.
Leleu Serelepe vivia usando os
saltos de sua mãe, lendo revistas e colecionando papéis de carta... E toda
noite registrava em seu diário o tempo presente e o que queria para seu futuro.
Leleu Serelepe, menina dos traços
singelos, amava o Sítio do Pica-Pau Amarelo, e quando caia a noite passava seu
tempo olhando para a lua e as estrelas, inventando novas brincadeiras.
Ely Monteiro
Imagem: amarelinhaismenia.blogspot.com
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