Olhando a libélula que a chuva molhava
vi também abrigado junto da árvore
um lírio que por ela clamava.
Pedia à chuva que passasse depressa
e a libélula a ele fez promessa
que mesmo antes da chuva passar
voaria para ele, e sem explicar
tocaria seus lábios, extraindo
o néctar que ele guardava...
E a libélula então até ele voou
rendendo-se
ao néctar do lírio de amor...
Os olhos que os veem não conseguem acreditar,
como pode a libélula um lírio amar;
coisas do amor jamais explicadas,
o amor; sentimento que habita as moradas...
A libélula no ar e o lírio no chão
emanando a pureza de uma paixão.
Ely Monteiro
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