quinta-feira, 21 de maio de 2015

Marias VI



Às vezes sinto-me saindo do ventre
me arrastando em passos lentos.
Corro, pulo, grito, cresço,
caio, quebro-me, vou ao chão.
Levanto, saio da contra mão
reviro e volto o tempo da ampulheta
não tenho medo de caretas,
eu giro mundo, aperto cinto, eu piso fundo.
Eu tenho orgulho da menina que mora em mim
mas, eu sou forte, mulher guerreira sou sim.
Eu sou de aço, eu não me amasso, vou para a guerra,
não tenho medo eu tenho escudo, enfrento as feras.
E o meu nome eu esqueci de mencionar,
eu sou Maria eu levo a lata sem derrubar.

Ely Monteiro
Imagem Google

Nenhum comentário:

Postar um comentário