segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Leleu Serelepe



E quando menina ela andava pelas ruas de paralelepípedos pulando, imaginando ser uma amarelinha de casas e números infinitos.
Vestia roupas coloridas, amava as de listras. Menina serelepe vivia a viajar, andava olhando para o céu, dizia que as nuvens eram de algodão doce.
E ao passar pela igrejinha ela logo fazia um gesto bonito, Leleu Serelepe enchia seu coraçãozinho de fé e acreditava que tinha uma escada que levava da terra ao céu por onde subia para conversar com os anjos.
Gostava de jogar futebol e das embalagens jogadas no lixo fazia panelinhas, pois amava brincar de casinha, brincava de batizado de bonecas e com suspiros doces fazia sua festa.
Corria no fundo do quintal brincando com as amigas, juntas faziam e empinavam pipas, pipas feitas de papel de pão com rabiolas feitas com sacolas.
Leleu Serelepe vivia usando os saltos de sua mãe, lendo revistas e colecionando papéis de carta... E toda noite registrava em seu diário o tempo presente e o que queria para seu futuro.
Leleu Serelepe, menina dos traços singelos, amava o Sítio do Pica-Pau Amarelo, e quando caia a noite passava seu tempo olhando para a lua e as estrelas, inventando novas brincadeiras.


Ely Monteiro

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