terça-feira, 18 de novembro de 2014

Chuva de Meteoros



E sobre a luz da lua nua me banho,
força súbita em mim... Estranho;
o desejo de tocar os céus arrancou-me do chão
e eu me vi ali nas alturas.
Conversei com a lua e ela vestida com muito requinte entregou-me
nas mãos um convite e me disse:
- Hoje o céu está em festa, novembro é o mês de chuvas de meteoros,
se vista menina e, estendeu-me um vestido branco que reluzia feito diamante,
prendeu um balanço no firmamento e me ofereceu para sentar
e, eu mal podia acreditar, seria miragem ou alucinação?
A lua empurrou-me até o balanço e eu sentando-me obedeci à lua que não parava de sorrir
e, para meu espanto as horas lá passaram depressa  e a lua disse: - É hora da festa!
O firmamento todo iluminado com a chuva de meteoros, lugar encantado;
ouvi tocando uma música celeste e os planetas girando pelo universo,
a lua cantava ópera e as estrelas eram um coral que acompanhava a lua num ritmo fenomenal,
a lua então me olhou sorrindo: - É hora de ir para casa, vamos todos partindo;
desamarrou o balanço do firmamento e, eu perturbei-me na dúvida se ia cair,
a lua acenou dizendo: -  Vá para casa! - E mandou um querubim me trazer sobre suas asas.
Na madrugada de dezoito de novembro, acordei no meu quarto num sobressalto, abri as janelas então, chuva de meteoros e convite na mão.
Eu fui convidada para a festa dos que sonham, onde tudo pode ser real; para aqueles que acreditam que é possível voar mesmo não tendo asas.


Ely Monteiro
Imagem: Google

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